segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

UFRJ: Primeira lista nominal do SISU

Clique no link para ver se seu nome está na lista:  http://ow.ly/44Hlf

Curiosidades: O prazer da música no nosso cérebro

Retirado do site Ciência Hoje: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2011/02/prazer-da-musica-no-cerebro


Publicado em 28/02/2011



Tags: Música, Neurociência

O gosto praticamente universal pela música acaba de ganhar uma explicação científica. Estudo mostra que, ao som de uma bela canção, o cérebro é inundado por dopamina, neurotransmissor ligado a sensações prazerosas.


Segundo estudo recente, a dopamina seria responsável pela apreciação musical, compartilhada por diversas culturas. Esse neurotransmissor, ligado a sensações prazerosas, inunda o cérebro ao som de uma boa melodia. (foto: Jeffrey Chen/ Sxc.hu)

Os amantes da música sabem, por experiência própria, que o prazer de escutar essas vibrações mecânicas é um dos mais gratificantes que se pode experimentar. Agora, estudo publicado na Nature Neuroscience explica tanto o porquê dessa sensação quanto a razão de a música ser apreciada nas mais distintas sociedades humanas.

O segredo, segundo o estudo, está no fato de o cérebro se inundar com dopamina, um dos vários neurotransmissores que os neurônios usam para enviar sinais químicos uns para os outros. A dopamina está ligada àquele prazer que se tem com um bom prato de comida ou com a surpresa de ganhar grandes somas de dinheiro.

O experimento mediu, com exames de imagens, os níveis de dopamina em cérebro de voluntários em resposta àquele ‘arrepio’ prazeroso causado pela música que, para muitos, vem da alma e eletriza o corpo. Essa sensação muda a condução elétrica da pele, os batimentos cardíacos e a taxa de respiração, por exemplo.

Quanto maior a sensação de prazer ao som de uma música, mais alta é a quantidade de dopamina no cérebroOs pesquisadores mostraram que, quanto maior essa sensação, mais alta é a quantidade do neurotransmissor no cérebro. Outra conclusão do estudo: a quantidade de dopamina no cérebro é maior quando o ouvinte classifica a música como agradável, em comparação com uma canção ‘neutra’.

Os autores mostraram também que mesmo a antecipação do prazer de ouvir uma boa música já é suficiente para banhar o cérebro com mais dopamina. Para os autores, uma forma de ler esses resultados é que eles explicam por que a música é tão apreciada pelas mais diversas culturas.


Cássio Leite Vieira

Ciência Hoje/ RJ

Oportunidades: Bolsas de Estudo para cursos técnicos na região doa lagos

Retirado do site Conexão Aluno: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/noticias_detalhe.asp?EditeCodigoDaPagina=6547



Cetec oferece bolsas de estudos para cursos técnicos na Região dos Lagos


O Centro de Capacitação Tecnológica da Região dos Lagos (Cetec-Lagos) está com processo seletivo aberto para cinco bolsas integrais de cursos técnicos. Podem participar todos os alunos de escolas públicas de Cabo Frio, Arraial do Cabo e São Pedro da Aldeia que tenham completado o Ensino Médio há, no máximo, três anos. O critério de escolha, além da necessidade de o candidato ter sido aluno da rede pública e ter baixa renda familiar, é ter notas altas em português e nas matérias ligadas à área de exatas, como Matemática e Física.

Para participar, basta levar histórico escolar, uma conta de luz recente para comprovar residência e documento de identidade ao Cetec-Lagos a partir das 9h para análise. Há oportunidade de escolha entre os turnos manhã, tarde e noite, e entre as formações técnicas: Automação, Industrial, Eletromecânica e Eletrotécnica.



O Cetec fica na R. Cel. Mário Quintanilha, 578, Vila Nova, em Cabo Frio. O telefone de contato é (22) 2630-4460.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O equilíbrio é mesmo necessário? - Revista Ciência Hoje

O equilíbrio é mesmo necessário?

Considerado essencial em muitos aspectos da nossa vida, o equilíbrio é uma barreira à ocorrência de processos físicos e biológicos e, em última instância, ao próprio surgimento dos seres vivos. Adilson de Oliveira discute o tema em sua coluna.
Por: Adilson de Oliveira
Publicado em 18/02/2011 | Atualizado em 18/02/2011
O equilíbrio é mesmo necessário?
Do ponto de vista físico, o equilíbrio está relacionado com o fato de um objeto ou sistema manter suas propriedades inalteradas ao longo do tempo. (foto: Anatoli Styf/ Sxc.hu)
Em nosso cotidiano, é muito comum ouvirmos que é necessário ter equilíbrio em tudo. Essa recomendação surge, por exemplo, em programas de televisão, principalmente aqueles relacionados a autoajuda, saúde, dietas etc.
Na área esportiva, comentaristas falam que é preciso equilíbrio entre o ataque e a defesa nos times de futebol, senão a equipe pode ficar vulnerável durante as partidas que disputa.
Os economistas, por sua vez, afirmam que o equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento do governo é fundamental para a estabilidade econômica. Já os políticos pregam o equilíbrio de forças militares entre países vizinhos para que não ocorram guerras.
Mas é realmente necessário que haja equilíbrio em tudo na natureza?
O conceito de equilíbrio está relacionado ao fato de um objeto (ou sistema) se manter inalterado
O conceito de equilíbrio está relacionado ao fato de um objeto (ou sistema) se manter constante, inalterado. Ou seja, seus parâmetros físicos não mudam com o tempo, não evoluem.
Quando temos um carro parado em uma rampa, por exemplo, várias forças estão aplicadas sobre ele, como a da gravidade, a força de atrito entre os pneus e o chão, a força que o freio exerce para evitar que as rodas se movimentem e a força de contato do carro com a superfície (chamada de força normal). Essas forças se equilibram de tal forma que o carro permanece parado.
Carro parado na ladeira
Um carro parado em uma ladeira sofre a ação de diversas forças que se equilibram. (foto: Eva Ekeblad – CC BY NC SA 2.0)
Outra situação é a do equilíbrio térmico, quando dois corpos estão na mesma temperatura. Ao usarmos um termômetro clínico para medir a temperatura do nosso corpo, aguardamos alguns minutos para que o termômetro entre em equilíbrio térmico com o corpo e depois realizamos a leitura da temperatura.
Estudar objetos da natureza em condições próximas à de equilíbrio é mais fácil do que quando eles não estão nessa situação. Da mesma maneira, é mais fácil entender o comportamento das pessoas quando elas estão física e emocionalmente equilibradas. Lidar com mudanças bruscas de comportamento é mais difícil, assim como prever as propriedades dos sistemas quando eles saem bruscamente do equilíbrio.
Mas a ocorrência de desequilíbrios é a responsável pela modificação dos sistemas. E justamente quando isso acontece é que as coisas podem se tornar interessantes.

Desequilíbrio vital

A vida na Terra deve ter surgido há cerca de 4 bilhões de anos. Por meio de algum processo do qual ainda não temos absoluta certeza, uma certa molécula aprendeu a fazer cópias de si mesma, ou seja, permitiu que as configurações nela existentes pudessem ser duplicadas. Assim, as informações dessa molécula foram propagadas com o passar do tempo.
Todas as formas de vida somente sobrevivem devido ao constante recebimento de energia do meio exterior
Se isso ocorresse sempre da mesma maneira, não haveria nada de novo e essa molécula não evoluiria. Entretanto, devido a mudanças e desequilíbrios do ambiente, essa molécula se aprimorou ao longo do tempo e permitiu a formação de estruturas mais complexas. Esse processo levou ao aparecimento das primeiras bactérias e, passados bilhões de anos, resultou em formas de vida tão complexas como nós.
Todas as formas de vida somente sobrevivem devido ao constante recebimento de energia do meio exterior. Desde seres mais simples – como as plantas, que utilizam a luz do Sol como fonte direta de energia – aos mais complexos – como os humanos, que necessitam ingerir alimentos mais elaborados –, se não houver troca de energia, os organismos não funcionam.
Plantas sob o Sol
As plantas usam a luz do Sol como fonte direta de energia. Se não houver troca de energia, os organismos não funcionam. (foto: Flickr.com/Torley – CC BY SA 2.0)
O nosso corpo e o de todos os organismos vivos funcionam como máquinas térmicas. Absorve-se energia a partir dos alimentos e a nossa fisiologia usa parte dessa energia para o funcionamento do nosso corpo. A outra parte é perdida na forma de calor.
Como a temperatura do nosso corpo normalmente é maior que a do ambiente, há um fluxo de calor do nosso corpo para o ambiente. Se fosse o contrário, o nosso organismo não funcionaria. Por isso, o nosso corpo desenvolveu mecanismos mais sofisticados para poder controlar sua temperatura, permitindo que o calor saia do corpo em dias muito quentes. Um desses mecanismos é o suor, que, ao evaporar, ajuda a fazer a troca de calor com o ambiente.

A física e o equilíbrio

O desequilíbrio é essencial para modificar qualquer parâmetro físico de um sistema na natureza. Por exemplo: um barco no meio de um lago onde não existe qualquer brisa ou movimento na água permanece parado. Embora esteja em contato com um grande reservatório térmico (o lago), o barco não consegue absorver a energia térmica contida na água, para que, de alguma forma, ela seja usada para movimentá-lo, pois o barco está em equilíbrio térmico com o lago.
Para que ocorra movimento, é necessário quebrar esse equilíbrio. Por isso, o motor do barco transforma a energia química contida nas ligações entre as moléculas de combustível em calor. Essa energia térmica é liberada no interior dos pistões do motor, que empurram as turbinas e, assim, impulsionam o barco, realizando o que chamamos de trabalho (energia transferida pela força usada para movimentar o barco durante o seu deslocamento). Uma parte da energia produzida é transferida para o lago, aquecendo-o levemente.
Barco no lago
Um barco no meio de um lago onde não exista qualquer brisa ou movimento na água permanece parado. Para que o barco se movimente, é preciso quebrar as condições de equilíbrio existentes entre ele e o lago. (foto: Judy Baxter – CC BY NC SA 2.0)
Essa história nos remete à 2ª lei da termodinâmica, que pode ser descrita como: “Um processo cujo único resultado efetivo é retirar calor de um reservatório e convertê-lo em trabalho é impossível”. Esse enunciado é conhecido como o de Kelvin-Planck, por ter sido elaborado pelo físico britânico William Thomson (1824-1907), também chamado de Lorde Kelvin, e pelo físico alemão Max Planck (1858-1947).
Outra forma equivalente de expressar o mesmo princípio foi apresentada pelo físico alemão Rudolf Clausius (1822-1888) e diz que “o calor por si mesmo jamais flui de um objeto mais frio para um mais quente”.
A vida em nosso planeta existe porque há um fluxo constante de energia do Sol para a Terra, vital para que ocorram os processos biológicos
A 2ª lei da termodinâmica mostra que as trocas de energia entre sistemas somente podem ocorrer quando existe um desequilíbrio. A vida em nosso planeta, por exemplo, existe devido ao fato de que a temperatura na superfície do Sol (em torno de 6.000 ºC) é mais alta do que a da Terra (25 ºC), o que permite um fluxo constante de energia, vital para que ocorram os processos biológicos.
Embora a procura pelo equilíbrio seja algo importante em nossa vida, são os desequilíbrios que promovem as transformações, seja nos processos físicos, seja em nosso cotidiano. No caso dos processos físicos, essas mudanças seguem leis naturais. Quanto a nós, temos a capacidade de escolher os caminhos que queremos tomar. Mas, se tudo no universo estivesse em equilíbrio, não estaríamos nem aqui para pensar sobre essas questões.

Adilson de Oliveira
Departamento de Física
Universidade Federal de São Carlos

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Alunos do PVS - SPE: Passou no vestibular?

Ei galerinha!!!!!
É com muita alegria que cominico que bastante alunos conseguiram aprovação no vestibular 2011 para várias universidades públicas e também pelo PROUNI!!!!
Parabenizo a todos por essa linda e nova fase da vida de vcs!
Se dediquem, para serem profissionais exemplares, vcs merecem!

Gostaria de pedir que os que conseguiram aprovação que divulgassem no mural dos aprovados do site do PVS, para testemunharmos as nossas conquistas.
Aí vai o site: http://portal.cederj.edu.br/prevestibular/index.php?option=com_content&view=article&id=19&Itemid=3

Bjus a Todos!

Quais os avanços no combate ao câncer?

Preservando para o futuro

A busca por tratamentos mais eficazes para o câncer é tema de estudos em todo o mundo. Um banco de amostras de tumores criado no Brasil fornece material para pesquisas científicas, inclusive no exterior, e contribui para o esforço mundial de combate a essa doença.
Por: Antônio Hugo Campos, Dirce Maria Carraro e Emmanuel Dias-Neto
Publicado em 31/01/2011 | Atualizado em 31/01/2011
Preservando para o futuro
Um banco biológico com amostras de tecidos tumorais e normais criado pelo Hospital A. C. Camargo tem fornecido material para uso em pesquisas científicas em todo o mundo. Na foto, um tumor de próstata. (foto: Acervo Hospital A. C. Camargo)
Duas pacientes de mesma idade são diagnosticadas com um tumor de mama. Elas são submetidas ao mesmo procedimento cirúrgico, e após análise do tumor retirado (do mesmo tipo nas duas pacientes), recebem tratamentos complementares absolutamente idênticos. No entanto, uma paciente fica curada ao final de cinco anos, enquanto na outra a doença retorna. Onde está a diferença que fez com que apenas uma paciente se curasse?
O banco de amostras de tumores criado no Brasil tem colocado o país na vanguarda da luta contra o câncer
Na busca pela resposta a esta e a outras perguntas, um banco de amostras de tumores criado no Brasil tem fornecido material para uso em pesquisas científicas, inclusive no exterior, o que coloca o país na vanguarda da luta contra o câncer.
Toda a informação necessária para o funcionamento de uma célula (incluindo a maneira como ela se relaciona com outras, para formar tecidos e órgãos no corpo humano) está contida em seu material genético, ou genoma – uma longa molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA) guardada em seu núcleo.
Para que ocorra a produção de proteínas e outras moléculas regulatórias, partes do DNA servem de molde, em um processo denominado transcrição, para a síntese de moléculas de ácido ribonucleico (RNA). Uma parte desses RNAs – os conhecidos como RNA mensageiros – fornece as instruções para a produção de proteínas e de outras moléculas importantes.
Uma célula normal sintetiza os RNAs e, com base neles, produz as proteínas e outras moléculas de que precisa para seu funcionamento normal e sua multiplicação. Numerosos fatores, porém, podem desregular esse processo e fazer com que as células cresçam e se reproduzam de modo desordenado – condição conhecida como câncer.
Gráfico do Banco de Tumores
Total de amostras coletadas pelo Banco de Tumores do Hospital A. C. Camargo de 1997 a 2009.
Muitos estudos relacionam alterações ocorridas no material genético e no processo de produção do RNA (ou na leitura deste, na produção de proteínas e moléculas) ao aparecimento e à progressão de diversos tipos de câncer, e sabe-se que essas alterações têm ainda a capacidade de influenciar a conduta terapêutica.
O sequenciamento completo do genoma humano por um consórcio internacional de pesquisa, anunciado em 2003, determinou o conjunto das unidades fundamentais do DNA (os nucleotídios, em termos técnicos) de uma célula humana e identificou os genes de nossa espécie. Isso levou ao desenvolvimento de novas técnicas de biologia molecular, capazes de gerar informações com maior rapidez e qualidade e menor custo.
O Brasil contribuiu de modo significativo para os estudos dos genes humanos por meio do Projeto Genoma Humano do Câncer
Embora não tenha participado desse projeto pioneiro, o Brasil contribuiu de modo significativo para os estudos dos genes humanos por meio do Projeto Genoma Humano do Câncer.
Esse projeto baseou-se em amostras tumorais e não-tumorais, das quais foi extraído RNA de alta qualidade, revertido em DNA complementar (cDNA) por uma enzima específica e então sequenciado (essa reversão permite um enfoque na porção do genoma que é de fato transcrita). Isso possibilitou identificar cerca de 1,2 milhão de sequências derivadas de genes ativos nas amostras estudadas, depositadas em bancos de dados públicos.
Projetos desse tipo são viáveis apenas quando os ácidos nucleicos (DNA e RNA) das amostras de interesse estão muito bem preservados e disponíveis. Assim, quando o Projeto Genoma Humano do Câncer começou, o Hospital A. C. Camargo (também conhecido como Hospital do Câncer) decidiu criar um banco biológico, com amostras de tecidos tumorais e normais armazenadas em condições ideais de preservação, que permitisse obter ácidos nucleicos de alta qualidade.
Você leu apenas o início do artigo publicado na CH 277. Clique no ícone a seguir para baixar a versão integral. PDF aberto (gif)

Antônio Hugo José Fróes Marques Campos
Banco de Tumores, Hospital A. C. Camargo, Fundação Antonio Prudente
Dirce Maria Carraro
Laboratório de Genômica e Biologia Molecular,
Centro Internacional de Pesquisa e Ensino (Cipe),
e Banco de Macromoléculas, Hospital A. C. Camargo
Emmanuel Dias-Neto
Laboratório de Genômica e Bioinformática,
Centro Internacional de Pesquisa e Ensino (Cipe), Hospital A. C. Camargo